segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A Carta da Terra - Breve Histórico

A Carta da Terra foi elaborada após um longo período de deliberações e consultas à organizações, governos e opinião pública. Vamos conhecer um pouco dessa história:
Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas recomendou a criação de uma declaração universal sobre proteção ambiental e desenvolvimento sustentável na forma de uma "nova carta" que estabeleceria os principais fundamentos deste tipo de desenvolvimento.
Em 1992 a Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro, indicou como meta criar uma Carta da Terra aceita internacionalmente. Sob a liderança de Maurice Strong (Secretário-geral da Cúpula do Rio) foi criado o Conselho da Terra para promover a implantação dos acordos gerados na Cúpula da Terra e para defender a formação de conselhos nacionais de desenvolvimento sustentável.
Em 1994, Maurice Strong (Presidente do Conselho da Terra) e Mikhail Gorbachev (Presidente da Cruz Verde Internacional) lançaram uma iniciativa da sociedade civil para redigir uma Carta da Terra. O suporte financeiro inicial foi feito pelo governo da Holanda.
Em 1995 o Conselho da Terra e a Cruz Verde Internacional iniciaram consultas internacionais para desenvolver uma Carta da Terra dos povos. Especialistas e representantes governamentais reuniram-se no Workshop da Carta da Terra em Haia. O Conselho da Terra foi indicado como a Secretaria Internacional da Iniciativa da Carta da Terra.
Em 1996, o Conselho da Terra iniciou um processo de consulta da Carta da Terra em preparação para o Fórum Rio + 5. Realizou-se uma pesquisa sobre os princípios das leis internacionais relevantes para a Carta da Terra e seu resumo foi divulgado. No final do ano o Conselho da Terra e a Cruz Verde Internacional formaram uma comissão independente da Carta da Terra para supervisionar o processo de redação.
Em 1997, a Comissão da Carta da Terra convocou sua primeira reunião, durante o Fórum Rio + 5 no Rio de Janeiro. Ao final do fórum, um texto de referência foi liberado como um "documento em processo". 
Em 1998, vários grupos se uniram à Iniciativa da Carta da Terra e formaram Comitês Nacionais da Carta da Terra em 35 países. Estes grupos, assim como vários outros, passaram a consultar o texto referência e a usá-lo como ferramenta educacional.
Em 1999 foi liberado um segundo texto de referência e a consulta internacional prosseguia. O número de Comitês Nacionais subiu para 45.
Em março de 2000, a Comissão da Carta da Terra se reuniu em Paris  para acordo sobre a versão final do documento. O lançamento público oficial da Carta da Terra aconteceu em junho daquele ano, no Palácio da Paz em Haia. Foi formado um Comitê Diretivo da Carta da Terra cujas principais metas eram promover a disseminação, subscrição e implementação da Carta da Terra pela sociedade civil, empresas e governos e suportar o uso educacional da Carta da Terra em escolas, universidades e demais instituições de ensino.
Em 2001 a Iniciativa da Carta da Terra esforçou-se para assegurar o endosso da Carta da Terra pela Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em Johhanesburgo. Vários líderes de governo e ONGs declararam apoio à Carta da Terra, mas o reconhecimento formal pelas Nações Unidas não aconteceu.
Em 2006 foi constituído um novo Conselho Internacional da Carta da Terra para substituir o Comitê Diretivo e supervisionar os programas centrais e a Secretaria. O Conselho, juntamente com a Secretaria, são reorganizados como Carta da Terra Internacional.
Em 2008 a Carta da Terra já havia sido traduzida para 40 línguas e subscrita por 4600 organizações, representando os interesses de centenas de milhares de pessoas. 


Fonte: http://www.cartadaterrabrasil.org

"Sementes da Mudança" e o web-mundo de Belém

A exposição "Sementes da Mudança" finalmente chegou a Belém e virou notícia em diversos sites de agenda cultural e consciência ambiental, além dos jornais eletrônicos da cidade. Aqui, alguns dos principais links onde se pode encontrar informações sobre a exposição:



- Diário do Pará: Guia Diário - Agenda e 03/11/2011








Museu de Artes de Belém

O Palácio
O Palácio Antônio Lemos é fruto da época da borracha, na segunda metade do século XIX, quando a Amazônia teve grande desenvolvimento econômico.

Construído para ser a sede da Intendência Municipal, o povo preferiu chamá-lo de "Palacete Azul", devido à cor de suas fachadas. Só na década de 50 ganharia o nome de "Antônio Lemos", intendente de Belém de 1897 a 1911 e principal responsável pelo processo de reurbanização e modernização da cidade.

O Museu de Artes de Belém
O Museu de Artes de Belém foi instituído a partir de 1991 como um departamento da Fundação Cultural do Município de Belém (FUMBEL) que, por sua vez, pertence à Prefeitura Municipal de Belém.

Em 1994, com a reinauguração do Palácio Antônio Lemos, passou a acolher as coleções oriundas da Pinacoteca Municipal e Museu da Cidade de Belém (MUBEL), do qual é originário.

O Museu reúne um conjunto significativo de obras de artistas locais, nacionais e estrangeiros, que referem o período áureo da borracha na cidade e um acervo contemporâneo em expansão.

O acervo possui também peças do mobiliário brasileiro dos séculos XIX e início do XX, fotografias, cerâmica, objetos de interior e esculturas.

As salas para exposições homenageiam artistas que possuem obras no acervo ou são de reconhecido valor no cenário das artes; um auditório para solenidades e uma biblioteca especializada em arte.

A exposição "Sementes da Mudança: a Carta da Terra e o Potencial Humano" pode ser encontrada na Sala Theodoro Braga do Museu de Artes de Belém. Para acessar a página do Museu relacionada à exposição, clique aqui.


Sementes da Mudança: A Carta da Terra e o Potencial Humano

O mundo está pedindo a sua ajuda. O que fazer? Tudo depende de nos conscientizarmos de que "cada um de nós possui tanto o poder como a responsabilidade para empreender uma mudança positiva e tornar-se parte da solução". E, com isso, criar uma "sociedade global sustentável baseada no respeito à natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e na cultura de paz". Estes são assuntos que preocupam. Mas, com ações simples, podemos sim, fazer a diferença.

Além do mais, podemos contar com a Carta da Terra, que tem sido utilizada por todos como base para uma transformação positiva e na solução de problemas mundiais.

A Carta da Terra, elaborada inicialmente pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, em 1987, ganhou força na Cúpula da Terra, em 1992, no Rio de Janeiro.

Estabelecida a partir de um processo de diálogos, que envolveu milhares de pessoas e centenas de grupos em todo o globo, a Carta da Terra é um documento público constituído por 16 princípios. Dentre estes, o texto consiste em quatro princípios gerais: 
(1) O respeito e o cuidado com a comunidade da vida;
(2) Integridade ecológica;
(3) Justiça social e econômica e;
(4) Democracia, não violência e paz.

"A Carta da Terra é como um mapa. Ela nos mostra onde estamos, aonde queremos ir e como chegar."

Esta exposição, criada pela Soka Gakkai Internacional (SGI) e pela Earth Charter International, foi apresentada pela primeira vez na Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em Johannesburgo, em 2002, onde conquistou o terceiro lugar na categoria de exposiçõs independentes.

Dentre os destaques estão as iniciativas locais como a de:
  • Wangari Maathai e o Movimento do Cinturão Verde, que visa coibir o desmatamento em seu país, o Quênia.
  • Rajendra Singh e a Sabedoria da Conservação da Água, o qual construiu um johad (pequeno açude) para armazenar a água da chuva, no Rajastão, Índia, assolado pela seca.
  • Elizabeth Ramirez e a Carta da Terra, a qual ajudou a abrir centros educacionais nas comunidades rurais de Laguna Hule e Rio Cuarto, para a proteção ambiental e promover o desenvolvimento da mulher.
No Brasil, esta exposição ganhou uma extensão denominada "Ambiências Urbanas no  Brasil: sujeitos e ambientes em constante transformação". Com isso, os painéis nacionais apresentam as múltiplas dimensões na compreensão e concepção do espaço urbano brasileiro, com exemplo de ações locais.

Assim, os temas explorados são: a forma como ocorreu a apropriação do território brasileiro; o modelo de desenvolvimento adotado; a formação do povo brasileiro e; a reflexão sobre a possibilidade de uma "nova revolução" da vida que possa influir diretamente no equilíbrio do planeta e na convivência de todos os seres vivos.

No total são trinta painéis que oferecem uma lista de sugestões com as quais os visitantes podem dar início a seu próprio processo de mudança positiva.

Além disso oferece ao visitante a oportunidade de participar de uma oficina pedagógica denominada "Trilha da Vida" que lhe permite entrar em contato com a história da humanidade e refletir sobre a sua responsabilidade na construção de uma nova história.